Bolsonaro provoca união da OAB pela primeira vez na história

OAB se une contra declarações de Bolsonaro sobre a morte do pai de felipe santa cruz.

O atual presidente da ABI (Associação Brasileira da Imprensa) Marcelo Lavénere e Barbosa Lima Sobrinho, foram os responsáveis pelo pedido de impeachment (1990-1992) que resultaria na renúncia de Fernando Collor de Melo. Ele alega que consegue sentir a semelhança da perca de apoio popular de Collor e o atual momento de Bolsonaro.

Marcelo diz ver uma situação de queda de poder muito parecida entre Collor e Bolsonaro, sendo que com Collor eram coisas muito menores ou menos grave do que as coisas que o presidente Bolsonaro está fazendo. Ele alega também que quando os meios de comunicação forem afetados, Bolsonaro supostamente perderá uma boa parte do apoio e opinião pública, levando a apenas um caminho: a queda.

Os ex-presidentes da OAB (ordem dos advogados do Brasil) ignoraram pela primeira vez as divergências ideológicas e diferenças políticas e resolveram se unir na última semana para apoiar o atual presidente da OAB, Felipe Santa Cruz. Os 12 presidentes que passaram pela ordem, juntos questionaram o presidente Jair Messias Bolsonaro por ter dito que se o atual presidente da ordem quisesse saber como o seu pai foi morto, ele mesmo contaria. Ainda no mesmo dia, Bolsonaro afirmou sem provas que Fernando havia morrido por militantes da esquerda por supostas discussões internas do grupo.

Marcelo Lavénere afirma que essa união dos ex-presidentes da ordem, é completamente inédita, e que possa ser algo bom para demonstrar o momento instável que foi vivido o país.

O STF (Supremo Tribunal Federal) foi acionado pelo atual presidente da OAB, para que fosse cobrado esclarecimentos de Bolsonaro sobre sua afirmação. Na última quinta-feira (1°), o ministro Luís Roberto Barroso impôs um prazo de 15 dias para que o mandatário se explicasse.

Luiz Roberto Barroso alega também que unir ex-presidentes da OAB nunca foi uma missão fácil, pois existe entre eles uma série de divergências. Um exemplo delas foi quando ocorreu no apoio da ordem ao impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016. 26 de 17 bancadas foram à favor do pedido, enquanto Marcelo Lavénere foi bruscamente contra.

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