Programa ReDes impulsiona produção de mandioca no Norte goiano

Iniciativa apoiada pela CBA em Niquelândia pode aumentar este ano a receita de produtores familiares em 477% com fábrica para beneficiamento e consultoria para lançar novos produtos

Imagem: Divulgação

O cultivo de mandioca, fonte de renda para agricultura familiar em Niquelândia (GO), ganhou impulso com o Programa ReDes, uma parceria entre o Instituto Votorantim e o BNDES, com apoio da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), no Norte de Goiás. Desde 2017, o Programa é realizado com a Associação dos Assentados do Projeto José Martí (AJM) e em 2022 encerra o ciclo de cinco anos com previsão de quadruplicar a receita dos 37 associados.

O apoio viabilizado pelo ReDes em infraestrutura e consultoria para melhores práticas, desde a produção até a gestão, possibilitou a diversificação de clientes para geração de renda e sustentabilidade. Em 2020, o resultado trouxe crescimento de 24% na receita. Agora, a Associação espera alcançar um incremento de 477%.

A iniciativa social da CBA viabilizou a construção de uma unidade de beneficiamento que ampliou os ganhos coletivos, além de uma primeira parceria de produtores rurais do assentamento da região com uma fábrica de cerveja. A empresa adquiriu, somente no ano passado, 56 toneladas do tubérculo para a produção de cerveja com marca goiana.

Consultoria

 O que começou com orientação para a lavoura e construção de unidade de beneficiamento, evoluiu com a fabricação de farinha e polvilho (fécula), além da venda do excedente de produção para fabricação de cerveja. Segundo o presidente da AJM, Jechonias Gonçalves dos Santos, o salto na renda ocorre porque agora conseguem planejar o plantio, sem perdas e prejuízo com a cadeia de comercialização que foi conquistada. “A diferença é muito grande. Se antes se produzia 50 quilos de farinha por mês, hoje está na faixa de 2 mil quilos.”

Ao agregar valor, os ganhos são até dez vezes maiores. Uma tonelada de farinha é vendida em média por R$ 8 mil, enquanto a mesma quantidade de mandioca é comercializada por R$ 800.  O presidente da Associação ressalta que o apoio recebido pelo Programa ReDes transformou a vida de quem tira o sustento da agricultura no assentamento, onde vivem pelo menos 45 famílias.

Desenvolvimento sustentável

Para beneficiar a mandioca, a Associação dos Assentados do Projeto José Martí (AJM) possui uma fábrica com forno, prensa, empacotadeira, entre outros equipamentos. A infraestrutura e os maquinários foram viabilizados por meio do Programa Redes, que também ofereceu consultoria especializada. O trabalho começou com diagnóstico para executar um plano de ação que permitiu superar a meta prevista inicialmente. “Antes do projeto, não tinha como processar, vendíamos para revendedores e dividíamos o pouco que restava para quem participava da lavoura”, lembra Jechonias sobre o trabalho artesanal. 

A partir do apoio do ReDes, as melhorias na gestão do negócio impulsionaram também o crescimento da lavoura, que passou de três para oito hectares com novo manejo e correção do solo orientada pelos consultores do Programa. Os resultados, além de motivar novos planos de crescimento, têm incentivado mais pessoas a investir no cultivo de mandioca, que impacta em outras produções na comunidade.

O assentamento tem diversificado os cultivos que, no último ano, passaram a incluir frutas, verduras, além da mandioca, para venda também para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A casca do tubérculo e até mesmo as ramas também são utilizadas para alimentação de vacas leiteiras.

Programa ReDes – Com objetivo de contribuir com desenvolvimento sustentável de municípios brasileiros, o Programa ReDes é uma parceria entre o Instituto Votorantim e o BNDES, com apoio das empresas do Grupo Votorantim. Iniciou em 2010 e hoje está presente em 56 cidades, 15 estados e no Distrito Federal. A iniciativa auxilia na estruturação de negócios inclusivos e na articulação de cadeias produtivas com metodologia que contempla a participação da comunidade em todas etapas. O programa beneficia 2.500 famílias e por meio dele já foram geradas R$ 53 milhões em renda entre os beneficiados.

Sobre a CBA

Desde 1955, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) produz alumínio de alta qualidade de forma integrada e sustentável. Com capacidade instalada para produzir 100% de energia vinda de hidroelétricas próprias, a CBA minera a bauxita, transforma em alumínio primário (lingotes, tarugos, vergalhões e placas) e produtos transformados (chapas, bobinas, folhas e perfis). Em estreita parceria com seus clientes, a CBA desenvolve soluções e serviços para os mercados de embalagens e de transportes, conferindo mais leveza, durabilidade e uma vida melhor.

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