Funai interrompeu a venda de terra indígenas para estrangeiros a mando de Bolsonaro? #fakenews

O fenômeno das fake news cresce constantemente e dessa vez o assunto foi em relação a terras indígenas!

Diversos assuntos estão movimentando o país em 2019, entre eles a questão da demarcação de terras indígenas. E nessa semana um dos principais assuntos, foi que o presidente Jair Bolsonaro chegou a pegar uma medida provisória (MP) e alterá-la repassando a função que era do Funai para o Ministério da Agricultura, mas foi vetada. Não satisfeito com a decisão, o governo tentou novamente reeditando a MP, decisão que foi derrubada pelo STF em agosto de 2019.

De acordo com a história que está circulando nas redes sociais, o real motivo da demarcação das terras indígenas no caso nas mãos da Funai, seria para a venda de terras para empresas estrangeiras. No entanto, Bolsonaro teria identificado os problemas e acabado com a “farra”. Confira:

“É claro como água mas nem todos entendem. A demarcação de terras indígenas serviu para que os índios as vendessem para empresas estrangeiras. A FUNAI, recentemente reestruturada por Bolsonaro, até agora detectou 36 contratos de venda totalizando uma área DO TAMANHO DO ESTADO DA BAHIA. Sim! O Brasil perdeu uma área do tamanho do estado da Bahia porque os índios que receberam terras as VENDERAM para empresas estrangeiras.

Uma das propriedades foi vendida pelos índios por 120 milhões de Dólares a uma empresa irlandesa. Agora você entende porque o cacique Raoni foi falar com Macron, presidente da França? Agora você entende porque Bolsonaro mandou parar com a farra de demarcações tão defendida pelas esquerdas? As esquerdas não são boazinhas com os índios. Apenas fazem intermediação imobiliária, vendendo a Amazônia para estrangeiros. Bom dia! Já é hora de acordar!”

Funai interrompeu a venda de terra indígenas para estrangeiros a mando de Bolsonaro?

A resposta é não. Ao contrário do que é falado na história, pode ter ocorrido uma tentativa de venda, mas sem sucesso. Em 2012, alguns indígenas da etnia mundurucu venderam direitos sobre as terras para uma empresa estrangeira, terra que fica no estado do Pará em uma região da Amazônia Legal.

Nesse caso houve um acordo com a empresa irlandesa, que visava uma troca de créditos de carbono. Mas quando essa história chegou nos ouvidos do governo federal, foi recomendado que a venda fosse cancelada (o que feito).

No final de tudo, a história que a Funai interrompeu a venda de terra indígenas para estrangeiros a mando de Bolsonaro é falsa! A suposta venda (que não era para exploração, mas sim para troca de créditos de carbono) e que não ocorreu no governo Bolsonaro e sim em 2012 (mas que não foi “bem sucedida). Ou seja, a história não passa de #fakenews!

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