Goiás deve produzir mais de 75,78 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2020/21

Goiânia Foto: Matheus

Segundo maior produtor de cana-de-açúcar do País, Goiás deve alcançar mais de 75,78 milhões de toneladas na safra 2020/21 – que começa agora -, segundo dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O 1º levantamento da safra 2020/21, feito pela Companhia, destaca incremento de 0,7% na produção estadual, com Goiás participando de 12% da produção nacional estimada e de 54,6% da região Centro-Oeste. A área plantada deverá ser 2,2% maior que a da última safra, com mais de 964 mil hectares. Entretanto, a produtividade será de 78.588 kg/ha, com 1,5% de retração.

Com produção estimada de cerca de 511,47 milhões de litros de etanol a partir do milho, Goiás deve registrar crescimento de 73% na safra 2020/21, se comparado à safra 2019/20. Na safra passada, o Estado já havia registrado aumento de 54,9% em relação à safra 2018/19. Atualmente, Goiás possui a 2ª maior produção, representando 18,9% da nacional e 20% da região Centro-Oeste. Mato Grosso possui participação de 75,9% da produção nacional e também mantém alta variação em relação à última safra.

Já em relação ao etanol a partir da cana-de-açúcar, a produção goiana deve cair 8,2%, com volume de 4,81 bilhões de litros, oriundos de 57,9 milhões de toneladas de cana. Goiás deve participar de 16,5% do volume nacional e de 54,5% da região Centro-Oeste. A quantidade de 76,5% da produção de cana-de-açúcar da safra atual deve ser destinada à produção de etanol, sendo inferiores aos 82,7% da última safra. A produção total de etanol em Goiás, incluindo de cana e milho, deverá sofrer redução de 3,9% em relação à safra anterior, somando 5,33 bilhões de litros, com 90,4% provenientes da cana-de-açúcar e 9,6% do milho.

Na safra 2020/21, as perspectivas na produção de açúcar são boas. Para Goiás, na atual safra serão destinados 23,5% da produção de cana-de-açúcar para a produção do adoçante, enquanto na safra anterior foram destinados 17,3%. Isso acarretará em um incremento de 34,9% da produção de açúcar desta safra, gerando 2,40 milhões de toneladas, participando com 6,8% do volume total nacional.

Segundo o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, a previsão para a safra 2020/21, que se inicia agora em todo o Brasil, traz boas perspectivas em relação à produção de cana-de-açúcar em Goiás, prevendo estabelecer um novo recorde, apesar dos cenários de incerteza com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). “Sabemos que houve impacto no consumo e nos preços do etanol. Entretanto, o Governo de Goiás, por meio da Seapa, já tem buscado adotar medidas, junto às entidades que representam o segmento sucroenergético no Estado, para ajudar neste momento”, informa.

Ele avalia que uma das alternativas é investir na produção de açúcar. “Essa expectativa deve ser algo real. Inclusive, a previsão é de aumento na produção de açúcar devido à baixa demanda por etanol, provocada pela restrição da circulação de pessoas por causa do coronavírus e pelo baixo preço do petróleo, que também reduz o preço da gasolina. Isso força a baixa do preço do etanol para haver competitividade”, explica.

Nacional

Na safra que começa agora, a estimativa é que o Estado alcance aumento de 73% na produção de etanol a partir do milho e incremento de 34,9% na produção de açúcar, segundo levantamento da Conab

No Brasil, a produção de cana-de-açúcar deve retrair em 1,9%. A expectativa é produção de mais de 630 milhões de toneladas, quando na safra passada (2019/20) registrou 642.717.772 toneladas, na qual foi recorde. Em relação a área plantada, há previsão de plantio em 8,4 milhões de hectares, estimando retração em 0,4%. Já para a produtividade, a retração deve ser de aproximadamente 1,5%, com 75.025 kg/ha.

A produção de etanol de cana-de-açúcar da safra 2020/21, no País, deve cair 13,9%, chegando a 29,29 bilhões de litros. Para esta produção, estima-se que serão destinadas 362,82 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, sendo 13,2% a menos que a safra anterior. Segundo a avaliação da Conab, serão 57,6% da produção de cana-de-açúcar desta safra destinados a produção de etanol, enquanto na safra passada foram 65,1%.

Já a produção nacional de etanol a partir do milho vem ganhando cada vez mais espaço. Depois de uma variação de 107,4% na safra 2019/20 em relação à safra 2018/19, espera-se uma variação de 61,1%, na safra 2020/21 em comparação à safra 2019/20, chegando a quase 2,7 bilhões de litros. A participação do etanol de milho corresponde a 8,4% do total produzido no Brasil, mas se continuar com as progressões, logo terá uma maior participação, permitindo, assim, que as usinas tomem decisão sobre qual matéria-prima esteja mais atrativa para produção de etanol em determinado momento.

Diante dessas previsões, o volume total da produção de etanol esperado para a safra 2020/21 no Brasil é de, aproximadamente, 32 bilhões de litros, registrando redução de 10,3% diante da safra anterior, com 91,6% de cana-de-açúcar e 8,4% de milho.

Já o incremento na produção de açúcar será de 18,5% em relação à safra anterior, produzindo 35,29 milhões de toneladas. Serão destinados 42,4% da produção de cana-de-açúcar para produção de açúcar, enquanto na safra anterior foi de 34,9%.

 Fonte: Seapa/GO

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